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Paraolimpíadas

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Estão em curso os jogos Paralímpicos Paris 2024 e uma chuva de medalhas coloca o Brasil nas primeiras colocações.

Foi em Roma, na Itália, em 1960, que foram realizados os primeiros Jogos Paralímpicos propriamente ditos, com 400 inscritos vindos de 23 países. Mas a participação de atletas com alguma deficiência física nos esportes já acontecia há mais tempo. Em 1888, na cidade de Berlim, na Alemanha, clubes esportivos promoviam competições com a inclusão de pessoas com deficiência auditiva. Mais tarde, depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) essa participação ganhou força em muitos países. O objetivo era acolher o grande número de soldados feridos nos combates.

Em 1948, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, foi organizada a primeira competição em cadeiras de rodas: dezesseis militares, entre homens e mulheres com algum tipo de lesão, participaram do torneio de tiro com arco.

A primeira participação brasileira na Paraolimpíadas foi em 1972 e nossa primeira medalha veio em 1976. Hoje somos uma potência mundial nos Jogos.

O evento evoluiu muito desde sua criação. Há classificações específicas em cada modalidade, que abrangem os graus de deficiência dos atletas. E algumas modalidades só existem nas Paraolimpíadas, como o Goalboll e a Bocha. Nos esportes coletivos para deficientes visuais, a bola possui um guizo dentro, para que os jogadores a percebam. Assim, é necessário que não haja barulho durante o jogo. A torcida precisa ficar em silêncio (liberado nas comemorações, é claro). Os atletas e as atletas usam uma venda sobre os olhos, independentemente de seu grau de perda visual. Nas competições de natação é utilizado um bastão com ponta de espuma, de nome tapper, empunhado por uma pessoa auxiliar, também chamada Tapper, que toca a cabeça do/da atleta quando ele ou ela está se aproximando da borda da piscina.

É comum ver-se vários atletas em faixa etária superior ao que se vê nas Olimpíadas. Isso se deve ao fato de que muitos deles alcançam seu grau de excelência após programas de reabilitação ou por terem adquirido a deficiência já na idade adulta.

Impossível não refletir aqui sobre privilégios. Quando se diminui as distancias, quando se adapta a competição (não só a esportiva) a realidade de cada um, quando se oferece oportunidades, qualquer indivíduo pode dar o seu melhor, ganhar medalhas e bater recordes.

As competições paraolímpicas têm ganho maior espaço na mídia, o que possibilita cada vez mais discussões sobre inclusão. Há até bem pouco tempo na história, pessoas com qualquer grau de deficiência passavam suas vidas escondidas da sociedade. Andar pelas ruas não era uma possibilidade, que dirá fazer esportes e participar de competições…

Que esse movimento de inclusão extrapole as linhas das quadras e pistas e passe a permear o dia a dia de todos nós, com a naturalidade que o assunto merece.

Luciane Madrid Cesar é uma paulistana de coração mineiro. Cronista, contista, poetisa e escritora de livros Infantis, vê desenho nas nuvens e alegrias no cotidiano. Estuda Cultura da Paz, é mediadora do clube de leitura Leia Mulheres e embaixadora Lixo Zero, na busca por cocriar um mundo melhor.

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