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O Cidade Varginha entrevista o cantor The Silas de Elói Mendes

Uma das grandes vozes de Minas Gerais
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O Cidade Varginha tem a honra de entrevistar o grande cantor de Elói Mendes, Silas Paixão, que nós fala um pouco sobre sua vida e trajetória musical.

Silas Paixão Mendes é um cantor e professor residente na cidade de Eloi Mendes. Formado em Letras pela UNIFAL-MG, exerce a função de professor de língua portuguesa há 8 anos na rede pública estadual e na rede privada. Desde a adolescência, seu envolvimento com a música colaborou para o seu aperfeiçoamento vocal ainda envolvido com a música religiosa. Hoje, “The Silas” (seu nome de trabalho) dedica-se a construir sua nova persona artística na produção de seu show musical, cantando grandes sucessos da Música Popular Brasileira, trazendo suas referências e suas novas músicas autorais.

Vamos ler a entrevista completa com ele?

Como você equilibra sua carreira como cantor de MPB com seu trabalho como professor de língua portuguesa?

Os shows acontecem geralmente aos finais de semana. Como eu comecei há pouco tempo, estou conciliando as duas coisas, mas sinto que em algum momento a música vai ser a minha única carreira. Gosto muito de ser professor, mas sei que o meu futuro é a música. Demorei para entender, mas hoje eu não tenho mais dúvidas.

Qual é a maior inspiração por trás das suas letras de músicas, tanto na MPB quanto na música cristã?

Essa é uma questão bastante interessante, porque como eu cresci no ambiente religioso, havia um impedimento quanto ao ouvir música em geral. Só se podia ouvir gospel. Então eu estou descobrindo a música brasileira hoje, aos poucos. Quanto às minhas letras, eu vivo muito inspirado por Djavan e Liniker, meus dois grandes ídolos. Minhas letras são muito mais simples do que as composições desses grandes nomes, mas é uma característica que tenho buscado nesse início. Tem um grupo chamado Os Garotin que são uma baita referência dessa nova MPB também!

Como a música influencia o seu ensino de língua portuguesa? Existem maneiras específicas em que você integra a música em suas aulas?

Eu levo as músicas em momentos específicos para os estudantes ouvirem. Sempre que dá, levo a caixinha de som e apresento um repertório novo, ouço as sugestões deles, apresento outras opções, tento sempre sugerir as músicas que vão usar nas apresentações que vão fazer… Hoje em dia, o maior trabalho é lutar contra o algoritmo, né? E a garotada vive no Tik Tok, então fica difícil.

Você acredita que a música pode ser uma ferramenta poderosa para transmitir mensagens educacionais? Se sim, como você implementa isso em suas aulas?

Nesses oito anos em que trabalho na Educação, o que tenho feito nas minhas aulas é apresentado algo que seja diferente do que costuma ser hegemônico. Ainda esse ano, por exemplo, fiz uma “pesquisa” com meus alunos do 6º ano sobre gostos e a maioria só respondeu as mesmas coisas. Assim eu começo a trazer novos repertórios, já cheguei a ensaiar apresentações pra eles cantarem… E eu parto do que é mais próximo deles, sabe? Outro dia mostrei músicas da Kell Smith, do Melim… Eles adoram, mas acabam ouvindo só sertanejo e funk… É a indústria, né?

Quais são os principais desafios que você enfrenta ao tentar combinar sua paixão pela música com sua carreira como educador?

Até o momento, tem sido interessante manter as duas profissões. Os pais dos meus alunos levam eles aos shows e isso é super legal! Mas realmente um grande desafio nesse momento. Adoro ser professor, como já disse, mas foi uma grande virada de chave acreditar na minha arte. Por isso eu acho que não devo continuar muito tempo na docência mais.

Como você vê o papel da música na promoção de valores e mensagens positivas na sociedade contemporânea?

Eu acho que a música é o principal meio de se propagar boas mensagens na nossa sociedade. A música é uma linguagem universal, acessível e democrática. Todo mundo gosta de ouvir música e tem as suas preferidas. Então acredito que é responsabilidade nossa, enquanto artistas, escrever boas histórias e considerar que a nossa sociedade precisa muito do nosso trabalho pra se alegrar, se inspirar e se fortalecer. Então mensagens positivas têm o seu poder e efeito em todo mundo. Mas eu acredito também que cantar sobre causas e questões sociais é fundamental, afinal nós sabemos bem que, às vezes, é importante lembrar a sociedade das coisas importantes pra não regredir em tudo o que conquistamos.

Existe alguma música ou artista específico que te influenciou tanto na MPB quanto na música cristã? Se sim, quem e por quê?

Na música cristã, eu curto muito o Marcos Almeida e Kirk Franklin. Recomendo muito. Na MPB, meus preferidos são Liniker, Djavan, Tim Maia e os Gilsons. Ainda ouço outros artistas, como a Priscilla, o Emicida e Os Garotin. Todos muito diferentes um do outro, mas tem um pouco de cada um no que eu faço!

Você acha que a música tem o poder de transcender barreiras culturais e religiosas? Se sim, poderia compartilhar uma experiência pessoal que ilustre isso?

Acredito tanto que procuro viver isso todos os dias. Não deveria existir, na minha opinião, um elemento religioso que sirva para nos separar das outras pessoas por algum motivo. Não é o que minha experiência de fé diz. Nesse sentido, já recebi inúmeros relatos e mensagens de pessoas que foram libertas de uma tristeza profunda, que voltaram a ver sentido na fé e na vida quando tiveram contato com a minha Arte. Isso segue acontecendo fora do gospel, porque esse é o poder da Arte. Ela é gerada no coração do grande Artista, então é natural que tenha esse efeito tão poderoso!

Qual é o seu processo criativo ao compor músicas?

Minhas músicas autorais até agora são românticas. Tenho encontrado melodias e também construído as narrativas com o Matheus Palmeira, meu guitarrista, que cria as melodias. A propósito, geralmente eu componho a partir da melodia. Minhas letras são inspiradas em histórias de amor que eu conheço, também em lugares onde estive e filmes ou livros que tenha consumido. Ao ouvir boas melodias, as letras vão sendo construídas. Está sendo bem legal esse processo!

Como você vê o futuro da MPB?

Acredito que o presente já tem sido muito interessante, e eu quero ajudar a construir esse futuro. Por isso tenho colocado a “cara a tapa”. A nova MPB está aí, trazendo elementos diversos, e eu gosto muito de ouvir essa nova leva de artistas. É a cara do Brasil, e eu acho injusto quem diz que “não se faz mais música como antigamente”. Perde muito quem não ouve a riqueza e a diversidade que temos atualmente com os novos cantores e bandas. Eu quero e vou fazer parte disso também!

Quero aproveitar essa oportunidade para agradecer ao Gustavo, esse querido amigo que me deu esse espaço pra falar de coisas tão preciosas pra mim. Também deixo um abraço aos meus familiares e amigos que tem acompanhado a construção dessa nova carreira! Só não posso deixar de citar os três nomes mais importantes dessa jornada: Matheus, Kesya e Luís Paulo, minha banda, minha gig! Tô feliz demais e isso é só o começo!

Um abração do

#TheSilas

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