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Índice da cesta básica tem forte queda em Varginha

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Após a tendência altista apresentada no primeiro quadrimestre de 2024, o Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-UNIS), calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e GEESUL, demonstrou queda muito forte de -10,60%, no início de maio em comparação com o mesmo período de abril.

Esse resultado foi provocado pelas consideráveis diminuições de preços dos hortifrutigranjeiros (banana, tomate e batata), carne bovina e feijão carioquinha. Por outro lado, as maiores elevações ocorreram com pão francês e óleo de soja. Em doze meses o valor médio da cesta básica em Varginha acumula queda de -5,86%. O ICB-Unis consiste em um indicador calculado no início de cada mês usando uma metodologia adaptada do DIEESE, cuja determinação envolve a coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade.

Na primeira semana de maio, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Varginha totaliza R$598,45. Este valor representa 45,82% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador da cidade de Varginha, que recebe um salário mínimo mensal, precisa dedicar 93 horas e 15 minutos por mês para adquirir essa cesta de bens alimentícios básicos neste valor.

A pesquisa demonstrou fortes volatilidades nos preços dos alimentos básicos neste início de maio. No relatório anterior indicamos a possibilidade de queda no valor da cesta básica, porém a magnitude dessa variação foi maior do que se previa. As projeções que realizamos de intensificação da safra dos hortifrutigranjeiros e continuação da queda no preço do feijão carioquinha se confirmaram, porém em patamares acima do esperado. Esse decréscimo no valor da cesta em Varginha é importante para melhoria no orçamento das famílias, tendo em vista as altas ocorridas neste início de 2024.

No entanto, acreditamos que no curto prazo essa queda não deve se manter. Fatores como a proximidade da finalização da safra de verão dos produtos hortifrutigranjeiros, o início mais tímido da colheita da safra de inverno, as possíveis novas elevações no óleo de soja e carne bovina, bem como as fortes chuvas que tem afetado importantes regiões produtoras do Sul do Brasil e a valorização do dólar podem provocar alta no valor da cesta básica já no próximo mês.

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