Partindo das experiências acumuladas em indicadores locais e regionais, o Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e o Grupo de Estudos Econômicos do Sul de Minas Gerais (GEESUL) desenvolveram um novo indicador denominado IdP (Indicador de Dinâmica Produtiva).
O objetivo do IdP é medir mensalmente a variação produtiva de grande parte dos setores econômicos partindo de dados divulgados pelo IBGE, que são apresentados com dois meses de defasagem. O novo indicador utiliza como fonte dos dados o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) no contexto varejista ampliado e a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), sendo todos eles já considerados pelo ajuste sazonal. Partindo destes dados, calcula-se a variação mensal dos índices e pondera-se este resultado pela participação percentual de cada setor no PIB do estado ou do país.
O primeiro relatório produzido trouxe os resultados referentes aos meses de fevereiro e março deste ano de 2024.
Começando pelas análises de fevereiro. O IdP-Br, calculado com os dados do Brasil como um todo, apresentou em fevereiro alta de 0,06% em relação a janeiro deste ano. O destaque de alta dos setores ficou com a indústria com elevação de 0,13%, já o comércio e serviços em conjunto tiveram aumento de 0,08%. Por outro lado, o setor agrícola teve retração de -0,32%, devido às revisões de previsão de safra para este ano.
O IdP-MG, abordando de forma específica os dados de Minas Gerais, demonstrou em fevereiro crescimento de 0,18% comparado com o mês anterior. O forte destaque de alta foi a indústria com expansão de 0,94% estando bem melhor que o resultado nacional. Comércio e serviços agregados tiveram queda de -0,07% e o setor agrícola -0,87%.
Analisando o mês de março, foi possível averiguar uma melhora no resultado nacional, com o IdP-Br tendo alta de 0,27%. Destaque mais uma vez para comércio e serviços (0,06%) e indústria (0,95%). Por outro lado, o IdP-MG apresentou queda -0,77%, provocado especialmente pelo decréscimo da indústria (-2,38%), enquanto os demais permaneceram estáveis.
O objetivo deste novo indicador é contribuir para análises conjunturais dos setores produtivos e servir de base para políticas de incentivo, podendo, com o tempo, ser ampliado para outros estados. Nos próximos relatórios, pretendemos incluir os dados de outros estados, começando pelo Rio Grande do Sul a fim de averiguar os impactos econômicos das inundações na dinâmica produtiva dos setores daquele estado.