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Unifal exibe o filme “Eles Não Usam Black-Tie”

Através do projeto PET BICE, convida toda a população de Varginha para assistir
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A Unifal em Varginha, através do projeto PET BICE, convida toda a população de Varginha para assistir e debater o filme “Eles Não Usam Black-Tie”. Um filme atemporal sobre família, trabalho e sindicalismo. A exibição acontecerá nesta segunda, dia 27/05 às 15h30, no auditório da universidade, na av, Celina Ottoni, em frente a UPA. Quem debaterá o filme, será a professora e também sindicalista, Mônica Cardoso, que possui ampla experiência na luta sindical em defesa dos direitos dos professores.

Um clássico do cinema brasileiro, fruto de um grande diretor do cinema novo, Leon Hirszman, Eles Não Usam Black-tie (1981) ainda é forte e impactante nos dias de hoje, é uma lição sobre se manter resiliente diante da infindável crueldade capitalista. O filme se passa no Rio de Janeiro, no fim da ditadura militar, e conta uma parte turbulenta da vida de Tião (Carlos Alberto Riccelli), um homem jovem que ao descobrir a gravidez de Maria (Bete Mendes), sua namorada, decide que irá se casar o quanto antes, contudo uma greve causa atritos que se estendem do seu trabalho até a sua casa.

Feito em um dos períodos mais cruéis da história do Brasil, a ditadura militar, a obra contempla diversos problemas sociais do período e entrega uma visão pró movimento dos trabalhadores. Além de ousado, a estética da fome, comum aos filmes cinema novistas, aparece aqui. Contemplamos uma vida que beira o miserável, profundamente marcada pelas adversidades de um Brasil que assegura para as autoridades o direito de violentar o povo, enquanto a maioria nada pode fazer senão se organizar. A obra também conta com a participação de um elenco rico em personalidades famosas para a história do cinema brasileiro, como Fernanda Montenegro e Milton Gonçalves.

Otávio (Gianfrancesco Guarnieri), pai da família que protagoniza o filme, é a representação máxima da força que os desesperançosos têm, a capacidade de se unir pró melhora do povo, ele é um sindicalista que trabalha na mesma fábrica que seu filho, Tião, e está disposto a lutar pelo que acha certo, mesmo já tendo sofrido consequências terríveis no passado.

O ponto mais forte do filme é o roteiro, adaptado da peça de teatro homônima de Gianfrancesco Guarnieri. Diálogos carregam a trama até o fim, produzindo debates humanos, com pontos de vista que se sobrepõem a todo momento. A covardia, a necessidade de lutar pelo justo, o medo, os traumas, as decepções são sentimentos que cadenciam conversas reflexivas acerca da opressão que vivemos, mas muitas vezes não conseguimos entender, ou simplesmente recusamos questionar.

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