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Sopa de letrinhas

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No próximo domingo acontece, em São Paulo, a 28ª. Parada do Orgulho LGBTQIAPN+. O prefeito da metrópole disse, recentemente, que se confunde com a” sopa de letrinhas”. Acredito que muitos de nós também.

A sigla, que representa a comunidade gay, começou com quatro letras – LGBT – e vem crescendo conforme avançam os estudos sobre gênero e sexualidade, com o objetivo de acolher toda a diversidade que o assunto abarca.

Abaixo uma explicação breve sobre cada letra, transcrita do site www.simpleorganic.com.br, atualizado em 19/02/2024.

L: Lésbicas – Mulheres que sentem atração sexual e afetiva por outras mulheres;

G: Gays – Homens que sentem atração sexual e afetiva por outros homens;

B: Bissexuais – Pessoas que sentem atração sexual e afetiva por homens e mulheres;

T: Transexuais – Pessoas que assumem o gênero oposto ao de seu nascimento. Uma identidade ligada ao psicológico, e não ao físico, pois nestes casos pode ou não haver mudança fisiológica para adequação;

Q: Queer – Sempre foi usada como uma ofensa para a comunidade LGBTQIA+, no entanto, as pessoas do grupo se apropriaram do termo e hoje é uma forma de designar pessoas que não se encaixam à heterocisnormatividade, que é a imposição compulsória da heterossexualidade e da cisgeneridade;

I: Intersexo – Pessoas que não se adequam à forma binária (feminino e masculino) de nascença. Ou seja, seus genitais, hormônios etc. não se encaixam na forma típica de masculino e feminino;

A: Assexual – Pessoas que não possuem interesse sexual. Por vezes, esse grupo pode ser também arromântico ou não, ou seja, ter relacionamentos românticos com outras pessoas;

P: Pansexual – Pessoas que desenvolvem atração física, amor e desejo sexual por outras pessoas independentemente de sua identidade de gênero;

N: Não-Binário – Pessoas que não se identificam com nenhum gênero, que se identificam com vários gêneros, entre outras;

+: – O mais serve para abranger as demais pessoas da bandeira e a pluralidade de orientações sexuais e variações de gênero.

O assunto é complexo e o estudo sobre ele ainda bem novo, embora indivíduos que se incluem nessa sigla sempre tenham existido.

Em nossa cultura ocidental, durante anos, fomos bombardeados com ideias estereotipadas dos indivíduos da comunidade gay, tanto da imagem física como do comportamento. Nossa sociedade, preconceituosa e rotuladora, tende a associar vanguarda e espalhafato à homossexualidade.

Aconteceu comigo há poucos dias. Um senhor de aparência bastante tradicional, com quem eu pouco tinha conversado, me surpreendeu (meu viés inconsciente!) ao me contar, de maneira muito natural, que tinha um relacionamento homoafetivo há mais de 10 anos.

Você que me lê, que ideia preconcebida tem da comunidade gay? Ainda se espanta quando essas ideias não correspondem à realidade? Reflexão necessária e urgente.

Luciane Madrid Cesar é uma paulistana de coração mineiro. Cronista, contista, poetisa e escritora de livros Infantis, vê desenho nas nuvens e alegrias no cotidiano. Estuda Cultura da Paz, é mediadora do clube de leitura Leia Mulheres e embaixadora Lixo Zero, na busca por cocriar um mundo melhor.

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