Raul não nos parece um nome, mas uma onomatopeia: o uivo dos lobos – Rauuuuuuuullllll! E a simbologia não foge disso: é o que segue o conselho dos lobos. O nome, derivado do germânico, Rolf (“Lobo nobre”), ganhou popularidade no Brasil com o nosso eterno Raul Seixas, que, segundo o próprio, nasceu a mais de 10.000 anos!
Da toca do Raul saíram algumas pérolas do cancioneiro pra pular e pra pensar do rock brasileiro: Gita, Ouro de Tolo, Maluco Beleza, Sociedade Alternativa, Metamorfose Ambulante, O trem das 7, Al Capone, Mosca na Sopa, entre vários outros inesquecíveis sucessos.
Os jovens talvez desconheçam a figura única e um dos mais criativos músicos que tivemos nos anos 70. Pioneiro do rock, foi um dos primeiros a misturar criativamente o rock aos ritmos bem brasileiros, notadamente o baião.
Raul Seixas deixou uma legião de fãs que, mesmo mais de três décadas após sua morte por uma pancreatite aguda fulminante em 1989, continua sendo ouvido e respeitado. Foi um grande músico e vai, ainda, ao longo de muito tempo, influenciar muitas gerações. Assim, como nos lembra sua música, quase um hino, Gita, em outro contexto, mas que nos cabe bem aqui: “eu sou, eu fui, eu vou”…
E ele vai estar presente, não de corpo, mas de alma, aqui na nossa Cidade do ET, no evento Varginha Toca Raul, em sua segunda edição. Então, vá! Faça o que tu queres, pois é tudo da lei! Viva Raul! Raul vive!
Aerton Sina é professor de Literatura, poeta de gaveta, eterno amante de vários idiomas e vive divagando, no mundo da lua (talvez seja um astronauta e nem saiba disso).
O texto não reflete precisamente a opinião do blog.
Raul vive, sim!! Eternizado na frase infalível em toda apresentação musical com público de rock ou não!
O nome também me traz recordações afetivas porque era o nome de meu pai, também músico, que também tocava Raul… Adorei a crônica!!