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TBL; ODS; ESG; Smart Cities… E AI?

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Conforme o prometido, vimos aprofundar o olhar sobre alguns temas muito propagados, mas pouco compreendidos e praticados. Não temos pudor em afirmar: entre os divulgadores da sustentabilidade, há poucos que falam e agem. Há muitos que alardeiam sem agir.

Aqui propomos uma espécie de Triple Bottom Line – TBL crítico, reflexão necessária à manutenção do conceito original, a saber: o equilíbrio entre os fatores econômicos, sociais e ambientais.

Antes de nossa provocAÇÃO, vejamos importantes questionamentos de John Elkington (1949 -), criador do TBL: 1- Os negócios não poderão mais usar a desculpa de concorrência desleal, como argumento para evitar a agenda do tripé, ao contrário, passarão a incorporar o tripé como parte dos negócios, atraindo investimentos; 2- O modelo de administração “just in time” esclarece que as empresas são pressionadas em apresentar resultados em curto prazo, enquanto a agenda sustentável é de longo prazo, isso provoca grande tensão, importante para o compromisso com a pauta da sustentabilidade; 3- No campo pragmático, isso inclui orientação para desenvolver estruturas de auditoria de sustentabilidade para o tripé.

Resultado: quase trinta anos depois, pesquisa da multinacional de auditoria PwC (2023) afirma que: “…nove em cada dez investidores brasileiros (98%) dizem que relatórios corporativos de sustentabilidade contém informações não comprovadas…”, dados surpreendentes (e vergonhosos). Em tempo: greenwashing é uma expressão que significa “maquiagem verde”, ou seja, marcas/empresas que criam uma falsa aparência de sustentabilidade, desprovida de prática.

Sabemos que a sustentabilidade exige respostas rápidas, que a sociedade (e talvez o líder/gestor/voluntário) esperam fórmulas, soluções. Porém — e a pesquisa confirma isso — as soluções até aqui apresentadas pela inteligência (humana ou artificial) nos parecem insuficientes.

O que nos preocupa é a real capacidade de governos (Smart Cities – Cidades Inteligentes e Sustentáveis?), empresas (com seus acurados sistemas de ESG – Environmental, social and Governance), a Agenda 2030, consubstanciada em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e cidadãos (ativos e voluntários), efetivamente, expandirem as consciências, expandi-las a ponto de superarem o “determinismo dos hábitos” e o greenwashing, muitas vezes feito sem intenção pelos próprios líderes, em posts diversos de seus “feitos” egocentrados, em sites, aplicativos e redes sociais.

Mais que tábuas, códigos, cartas, constituições, agendas e objetivos globais, precisamos aceitar a necessidade de cumpri-lo(as), especialmente quando está em jogo a própria manutenção da espécie. Na proporção da hominização, tal conquista demarcaria a efetiva passagem do Homo Sapiens Sapiens ao Homo Sapiens Solidarius, nosso ideal e proposta.

Dito isso… E AI? Ah! A Inteligência Artificial… Essa merece um artigo a parte, que venha a próxima semana…

Viver e valer a solidariedade, eis a nossa ciência!

Rodrigo Starling é filósofo, escritor, cientista político e consultor com experiências junto à ONU. Cofundador e editor do Selo Starling, é autor de 14 livros, dentre eles “2050 – Voluntariado e Sustentabilidade”. Presidente do MINAS VOLUNTÁRIOS e Secretário Executivo do Comitê de Parcerias e Voluntariado Transformador FUNDAMIG. Idealizador do Núcleo de Altos Estudos em Voluntariado e Sustentabilidade – NAVE.
Contato: @escritorrodrigostarling (Instagram e Facebook)

rodristarling@gmail.com (E-mail)

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