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FILÓSOFO DA SOLIDARIEDADE

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Que ninguém hesite em afirmar que voluntariado e sustentabilidade são conceitos complementares. 

Assim, direto aos alicerces, estreamos nossa contribuição semanal com o “Filósofo da Solidariedade”, profícua e voluntária parceria, a convite deste Jornal Cidade Varginha. A proposta é fazer boas perguntas (prompts?) sobre a solidariedade humana: atenção, filósofos não possuem respostas! Somando às colunas já escritas pelos colegas, erguemos mais uma neste “pilotis” coletivo, uma honra e compromisso.

Tornando aos alicerces, voluntariado e sustentabilidade, defendemos uma lógica de responsabilidades, lógica esta que pressupõe o outro, cada qual – governantes, empresários, gestores da sociedade civil organizada e cidadãos – vistos como “células” dotadas de consciência, entes com potencial de legar a esta e às gerações futuras a sustentabilidade real e planetária. Esta imagem de células conscientes é poderosa, vejamos: “A célula tornou-se “alguém”. Após o grão da matéria, após o grão da vida, eis o grão de pensamento, enfim constituído… Aumento de consciência, nada menos que a substância e o sangue da vida em evolução.” Argumentou Teilhard de Chardin na obra “O Fenômeno Humano”. Ideia complementada por Pietro Ubaldi em seu “Princípios de uma Nova Ética”: “Seria absurdo pensar que o processo evolutivo ficasse ao dispor das capacidades de compreensão em cada ser… O surgir da consciência é um efeito e não a causa do amadurecimento”. Para o Nobel de Literatura Henri Bergson “a consciência é o traço de união entre o que foi e o que será, uma ponte entre o passado e o futuro”, por fim, nada menos que Albert Einstein “Nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou.”

Eis a mais desafiadora equação criada pela humanidade: após dilapidar a natureza, aliar o necessário conceito de Sustentabilidade (ou Regeneração) à sua prática efetiva.

Diminui o espaço para o assistencialismo puro e simples: é preciso quebrar o círculo vicioso da dependência, estabelecendo o ciclo virtuoso da emancipação, bem como transitar do discurso à prática em relação às pautas sociais e ambientais.

O termo “sustentável”, do latim sustentare (sustentar, defender, apoiar e cuidar), traduz com clareza o que se espera de um voluntário: que ele sustente, defenda, apoie e cuide de empreender bem as funções para as quais se dispôs no alcance de determinado objetivo. Acreditamos ser o voluntariado a atividade mais eficaz para transformar tais propostas em realidade.

Se, por um lado, cada grupo tem por meta a garantia de seus respectivos interesses, por outro, não conhecemos atividade mais adequada que o voluntariado – aqui, práxis solidária – para instigá-los a olhar além.

A propósito, “olhar além” será o tom desta coluna, que na próxima semana trará várias siglas e termos importantes: TBL; ODS; ESG; Smart Cities e AI.

Viver e valer a solidariedade, eis a nossa ciência!

Rodrigo Starling é filósofo, escritor, cientista político e consultor com experiências junto à ONU. Cofundador e editor do Selo Starling, é autor de 14 livros, dentre eles “2050 – Voluntariado e Sustentabilidade”. Presidente do MINAS VOLUNTÁRIOS e Secretário Executivo do Comitê de Parcerias e Voluntariado Transformador FUNDAMIG. Idealizador do Núcleo de Altos Estudos em Voluntariado e Sustentabilidade – NAVE.
Contato: @escritorrodrigostarling (Instagram e Facebook)

rodristarling@gmail.com (E-mail)

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