Sim, esta é a conclusão que pode-se chegar ao analisarmos os dados da pesquisa de opinião realizada pelo Instituto Rede Pesquisa e Planejamento.
O percentual de reprovação chega a 68.9% se consideradas as notas de 0 à 5 como reprovação e aprovação de 30,1%, considerando as notas de 6 à 10.
Dos 501 consumidores entrevistados, 106 deram nota 0 ao atendimento aos deficientes, 21,4% do total de entrevistados,
A nota média foi de 4,0% dentro da escala de 0 à 10.
Outro detalhe, não menos importante, é que, convidados a responder a esta questão, dos 501 entrevistados 495 opinaram, portanto apenas 6 entrevistados não souberam ou não quiserem responder, o que indica alta relevância do tema para os consumidores que, vale lembrar, representa os 100 mil residentes em Varginha acima de 16 anos.
Segundo a consultora de inclusão Edelaine Grande: o dado da pesquisa não surpreende quem trabalha com inclusão. “Não apenas no comércio constatamos um quase total despreparo das empresas. Em outros setores como: indústrias, escolas, nas próprias famílias, a falta de conhecimento técnico para se relacionar com os deficientes e melhor interagir com eles é grande. Isto não significa que os mesmos não estejam abertos para aprender. Há uma demanda latente para se aprender sobre inclusão. Percebe-se que falta mais oportunidades, eventos para esta formação específica. O aspecto positivo que posso destacar, é que vivemos um momento de aumento da consciência da importância de integrar estes indivíduos no mercado e no convívio social, principalmente.
Veja como a questão foi realizada a pergunta aos consumidores varginhense e o resultado completo:
“O termo deficiente físico e deficiente sensorial ou neuroatípico são os termos utilizados para identificar pessoas com dificuldade de locomoção, cegos, surdos, autistas e outros.
Pense nestas pessoas como consumidoras.
Em sua opinião, as lojas, o atendimento, ruas, passeios, informações, sinalizações estão adequados pra melhor vender para este consumidor específico?
Avalie este serviços dando uma nota de 0 à 10 sendo péssimo e 10 ótimo”
Nota | Respondentes | % Respondentes | |
0 | 106 | 21,41% | |
1 | 19 | 3,84% | |
2 | 34 | 6,87% | |
3 | 37 | 7,47% | |
4 | 45 | 9,09% | |
5 | 100 | 20,20% | |
REPROVAÇÃO | 68,88% | ||
6 | 43 | 8,69% | |
7 | 42 | 8,48% | |
8 | 37 | 7,47% | |
9 | 2 | 0,40% | |
10 | 28 | 5,66% | |
APROVAÇÃO | 30,70% | ||
Totais/Médias | 495 | 100,00% | |
Nota média | 4,0 | ||
As entrevistas foram realizadas nos meses de setembro/outubro de 2023. Além da elaboração do “ranking” das melhores empresas classificadas segundo a preferência dos consumidores em Varginha/MG, questões relativas aos hábitos de consumo e mídia também foram apuradas.
A pesquisa utilizou-se de técnica apropriada à metodologia quantitativa que consiste na realização de entrevistas pessoais nos domicílios ou em pontos de fluxo. Os locais de aplicação dos questionários foram, os espações de maior concentração dos consumidores.
A amostra é de 501 entrevistas que representam, segundo a técnica de pesquisa de opinião pública, os 102.682 (TSE setembro/2023) indivíduos maiores de 16 anos, com região domiciliar em 96 bairros das zonas urbana e rural do município de Varginha/MG. A margem de erro estimada é de 4 %, segundo Plano Amostral previamente elaborado.
“Brasil tem 18,6 milhões de pessoas com deficiência, indica pesquisa divulgada pelo IBGE e MDHC. A população com deficiência no Brasil foi estimada em 18,6 milhões de pessoas de 2 anos ou mais, o que corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária”. (Fonte: Governo Federal)
Renato Clepf
Sociólogo
DRT – MG 1079