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ANNA uma cantora brilhante

Um dos prodígios da terra varginhense
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O Cidade Varginha tem a honra de entrevistar umas das novas vozes da música brasileira que é de Varginha, e é promessa de grandes realizações.

Anna Flávia de 23 anos, ou melhor ANNA, vem de uma família que tem um gosto musical bem eclético, que sempre foi referência para ela, livre de preconceitos ou elitismos com ritmos e gêneros, mas a primeira vez no palco cantando, foi aos nove anos, cantando sozinha Hey Soul Sister no festival de arte que tinha na escola e muito logo, subiu aos palcos participando da Cia Urban Guetto, grupo de danças urbanas, onde o Otávio Belo, diretor e coreógrafo da época, a ensinou muito do que ela sabe de dança hoje e é muito grata por ter conhecido sua dançarina e coreógrafa, Maria Teresa.

ANNA ainda na infância

ANNA já tão nova tem um vasto currículo, onde iremos conhecer à partir de agora com uma entrevista sobre sua vida.

Como sua família musical influenciou seu desenvolvimento como artista?

Minha família gosta muito de música e todos são artistas, mas ninguém conseguiu levar a arte como profissão. Sempre ouvi de tudo em casa, minha mãe e minha vó me deram ótimas referências e um gosto muito eclético, livre de preconceitos ou elitismos com ritmos e gêneros.

Qual é a importância da diversidade musical para você e como isso se reflete no seu trabalho?

Arte é liberdade. É repensar o que parece óbvio. Arte é incomodar, inconcluir, discordar, dizer, desdizer, representar. Poder expressar minhas posições políticas e ainda ouvir e cantar músicas que eu gosto durante todo o set, sem pensar no que os outros vão pensar ou não de mim, é muito incrível. Mesmo ainda sendo apenas intérprete e não cantando minhas próprias letras, já me sinto vivendo o sonho da Anninha criança.

Você se lembra do que sentiu ao subir no palco pela primeira vez aos nove anos? Como foi essa experiência?

Lembro totalmente! Eu participava dos movimentos artísticos da minha escola desde bem pequenininha, acho que de uns seis anos pra cima eu já subia no palco sozinha pra imitar o Michael Jackson e a Lady Gaga, mas dessa vez que cantei, pela primeira vez foi mágico! Eu ganhei o festival! Lembro que pra mim, receber o premio do FACE do Pio XII era como receber um grammy. Era a minha brincadeira favorita!

Como a participação na Cia Urban Guetto influenciou sua carreira na música e na dança?

Muita gente não faz nem ideia, mas eu comecei a subir no palco profissionalmente através do Hip Hop. Entrei no projeto de grupo base que o Otávio Belo, diretor e coreógrafo da época, criou em 2015, pra introduzir a arte e a dança urbana como meio de resgate e educação cultural aos jovens alunos de escolas públicas, no caso eu estudava na Domingues Chaves e foi mágico toda a experiência de ensinar novos ritmos e movimentos pro meu corpo, o que me ajudou e ajuda até hoje em cima do palco.

Podemos contar mais sobre sua parceria com Otávio Belo e Maria Teresa na Cia Urban Guetto?

Eu sou muito grata à Cia Urban Guetto, foi onde conheci minha dançarina e coreógrafa, Maria Teresa. Minha passagem pelo grupo foi durante minha adolescência um tanto quanto conturbada. Eu saí e voltei aos ensaios algumas vezes e agradeço demais ao Otávio Belo, quem me ensinou 90% do que eu sei de dança hoje, por sempre me acolher e respeitar meus limites e saúde mental.

Como você e Artur se conheceram e decidiram trabalhar juntos musicalmente?

Eu e o Artur, baterista e diretor musical do projeto, nos conhecemos pela internet, nos apresentando em algumas lives durante a pandemia. Daí surgiu meu interesse, como compositora, em produzirmos algo juntos já que nossos gostos se pareciam. Ficamos algum tempo testando, mais ou menos 1 ano até a pandemia acabar e recebermos um convite para nos apresentarmos, voz e violão em três corações. Deu tão certo que decidimos já fazer uma segunda apresentação como show de introdução da banda. Como eu não gosto de nada mal feito, chamamos o Rapha Wagner, o querido “tchurtis” guitarrista da banda pioneira do folk metal no Brasil, Tuatha de Dannan e pronto, fiz meu primeiro show com banda, em 2022 no festival Marilaine Cultural que aconteceu no Jardim Elétrico. Desde então nós decidimos aumentar chamando uma backing vocal, um dj, os tão importantes dançarinos e fizemos nosso show de estreia na QBM em 2023.

Como foi o processo de criação e desenvolvimento do seu projeto durante a pandemia?

Foi maluquice!!!!! Ficamos o primeiro ano parados, depois apesar do isolamento, quando as coisas voltaram a funcionar com máscaras e distanciamento, eu lesionei um dos meus tendões do tornozelo, fomos parados mais uma vez. Sei que trabalhamos algo em torno de 10 demos nesse período, que hoje me renderam ótimos contatos profissionais pro lançamento do álbum.

O que você sentiu ao fazer seu primeiro show com a banda no festival Marilaine Cultural em 2022?

Além do frio na barriga de ver todo mundo aglomerado sem máscara e livre de covid de novo, a ansiedade de subir no palco com uma bateria viva atrás de mim e um guitarrista ENORME acompanhando a gente, foi TREMENDA! Eu nunca vou esquecer também da minha família da plateia, minha vozinha de 88 anos e do feedback maravilhoso do Gaucho, diretor do Jardim, na época. Sou muito grata por ter tanta gente maravilhosa ao meu redor.

Como você conheceu o Rapha Wagner e como ele contribuiu para a formação da sua banda?

Da minha perspectiva, conheci o Rapha através de uma GRAAAANDE amiga e figurinista minha, a Janaíne e ele sempre me apoiou mt desde à pandemia, meu projeto da LAB e quando surgiu a oportunidade de crescer eu e Artur não pensamos duas vezes em chamá-lo!

Qual a importância dos dançarinos e do DJ nas suas performances ao vivo?

Como meu set se apoia na música popular, que hoje em dia, é uma música muito eletrônica com sintetizadores e beats, fazer show sem DJ é quase um pecado! HAHAHAH e não tem como ter a oportunidade e não surpreender a galera com o joguinho teatral com dançarinos e figurinos impecáveis. Tudo faz parte da performance, luzes, cenário e composição de palco.

Podemos falar sobre a experiência de estrear seu show na QBM em 2023?

Foi B A B A D E I R A! Eu, como frequentadora assídua da QBM na minha adolescência, fiquei incrédula quando vi que conseguimos LOTAR  a estação depois de tanto tempo. Voltando na minha percepção de arte, não teve preço pra mim, ser a primeira artista a tocar Funk e tantos outros ritmos populares e urbanos em um dos palcos mais importantes da cidade. Tive que convidar também, meu amigo e grandissíssimo artista GN pra acrescentar com seus raps autorais. Foi inesquecível, também!

O que significa para você a frase “Arte é liberdade” e como isso se reflete em sua música?

Acho que vivendo em sociedade, a gente nunca vai conseguir ser livre de fato. O que a gente faz, durante a nossa passagem minúscula por aqui, resulta em toda uma forma e saúde de viver. Eu só me sinto bem se eu fizer arte e eu acho que a magia tá aí. Se sentir bem, no cotidiano de uma sociedade tão obcecada pela rotina capitalista, é liberdade.

Mesmo sem cantar suas próprias composições ainda, como você escolhe as músicas que interpreta?

Meus sets têm nascido do que eu gostaria de escutar quando eu saio e de como acho que uma festa deveria ser. Como cidadã, me sinto realizada em sanar uma dor que trago desde adolescente quando queria “sair pra fazer alguma coisa” e não me encontrava em nenhuma das opções da cidade.

Como você garante que cada show seja único e diferente do anterior?

Eu me preocupo MUITO com isso. Chegamos na parte além da artística: visão empreendedora e produtora. Como meu set é bem direcionado, as pessoas que frequentam meus shows são quase sempre as mesmas. Assim não faz sentido eu manter tudo igualzinho e cair na mesmice, acabando com todo o apelo e não sendo mais interessante pra sair de casa pra assistir a gente. São tantas músicas e tantos sucessos do pop, não tenho motivo nenhum pra fazer o mesmo show inúmeras vezes como faz sentido pra alguns outros artistas regionais e esse é o grande motivo também, de me cobrarem sempre por novas datas. Eu escolho pecar na quantidade fazendo menos shows pra que a gente acerte na qualidade, grandeza e novidade.

Podemos contar mais sobre a contribuição de Janaíne e Gabriela para o seu projeto?

A Jane é a artesã mais INCRÍVEL que eu conheço e tenho a honra de chamar de amiga. Além de também musicista, ela tem a marca AS-HA de artigos em couro e sempre me salva nos figurinos! Chokers, tops e cintos de couro são todos sempre feitos pelas mãozinhas dela! O que é uma mulher poderosa sem sua roupa de couro, não é mesmo? HAHAHAHAHA

Gabi é a maravilhosa Gabriela Benfica, estilista também de Varginha que me ajudou com o figurino especial de carnaval que fizemos pro ‘Bloco Tá Tudo High’ nesse ano, 2024. Além de muito inteligente, ela é MUITO talentosa! Colorista e costureira, me ajudou com a cartela de cores perfeita pra mim, idealizou e costurou minhas ombreiras e acessório de cabeça, enquanto a Brenda Silva costurou meu biquíni!

Não posso deixar de agradecer imensamente também o Brendo, ceo e estilista da OAZZY, quem idealiza e personaliza meus jeans!

Como é a dinâmica de trabalho com Cris, Maria e Lucas nas coreografias e performances?

Maria e Lucas são os dois amores da minha vida! Essenciais para as performances, são eles quem coreografam todos os movimentos dos shows. São as pessoas que mais tenho contato da banda por precisarmos de mais e mais e ensaios pra passagem de coreografia, alinhamento e limpeza de movimentos. Já a Cris, cantora e professora de canto, faz parte da banda como backing vocal! Participa dos ensaios da banda, abrilhantando as músicas com suas técnicas maravilhosas.

Qual é a importância de Rhayron para a cena cultural de Varginha e como ele se integrou à sua equipe?

O Rhayron é um baita produtor cultural além de DJ, já conhecia ele antes do que ele me conhecia! Frequento todas as festas que ele produz! Amo o trabalho dele e vejo toda a importância das conquistas concretas que ele trouxe pra cultura black da cidade!

Podemos falar mais sobre o valor e o papel da Val como técnica de som na sua banda?

A Val é a nossa super-heroína! É ela quem tá sempre a postos pra ajudar a gente no palco não só com a técnica do som. Minha grande amiga que já salvou a gente de maus bocados com quedas de energia e falha de equipamento!

Quais são seus planos futuros para expandir sua carreira musical e alcançar um público mais amplo?

Eu acho que nunca falei publicamente das minhas estratégias. Muita gente não sabe, mas além da música, eu também trabalho com Marketing, meu sustento ainda vem daí.

Passamos essa fase de apresentação do meu nome e do caráter da banda, de índole e cultura, onde pudemos mostrar quem somos, o que a gente gosta, como a gente funciona e gosta de trabalhar, não só pro nosso público alvo, mas com nossa participação no ano passado, em um festival de rock, o Varginha Toca Raul, pudemos mostrar do que somos capazes, reimaginando arranjos de grandes hits do Raul pra vários ritmos do POP. Agora é a parte em que eu troco de era e lanço meu trabalho autoral. É um tiro mas nem tanto no escuro. Veremos uma leve mudança no set do próximo show como intérprete, antes do show de lançamento do álbum. Pra quem escutou a demo que enviei para o concurso ÉPraCantar da EPTV, é por ali que vou! Nosso pop, MPB flertando com várias características de outros ritmos como a Bossa Nova e o próprio Rock.

Foto: Lua Catake

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