E na busca constante por me conhecer, eu me dou ao luxo de tocar meus sonhos, revolver com calma a minha alma.
Varro meu coração, manhã após manhã, tirando a poeira da mágoa e a dor das solidões…
Deixo-me ao alento das lembranças boas e mergulho nas memórias antigas.
Pinto os pensamentos com a música da poesia.
Crio estradas, caio casas e muros de branco e azul.
Faço meu próprio jardim para colher as flores que gosto – margaridas, miosótis e girassóis.
E nesses meus necessários devaneios sinto a FELICIDADE, ainda que por frações de segundos, me abastecendo de energia, carregando-me de esperança para poder prosseguir…
Miudezas diárias tão esquecidas pela sociedade cada vez mais fria e distante, onde o verbo JULGAR, na fila da ordem alfabética, antecede o verbo ACOLHER.
Malu Silva é contadora de histórias, escritora, vaga livre pelo mundo, pegando uma estrela aqui, um pedacinho da Lua ali… Brinca com o Sol, faz poemas para o mar… Veste as desventuras de alegria para poder viver bem os seus dias.