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Cemig alerta para cuidados com a rede elétrica durante o uso de máquinas agrícolas

Manuseio inadequado de implementos agrícolas provocou 17 fatalidades no Brasil em 2023
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Acidentes com a rede elétrica em áreas rurais acontecem principalmente onde ocorre o uso de implementos e máquinas agrícolas, como colheitadeiras e pulverizadores, que chegam a atingir vários metros de altura, e podem tocar os fios da rede elétrica. De acordo com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade – Abracopel, em 2023, 17 agricultores ou trabalhadores rurais perderam a vida em acidentes com a energia elétrica no Brasil, devido o manuseio inadequado de implementos agrícolas próximo às redes de energia. Para que os trabalhadores rurais evitem acidentes, a Cemig alerta sobre os cuidados em áreas de cultivo.

O Técnico de Segurança do Trabalho da Cemig, Marcos Alcides Pereira de Lima, destaca que os operadores de máquinas agrícolas devem, antes de iniciar os trabalhos, fazer um mapeamento do local e respeitar uma distância mínima de 1,5 metro em relação às estruturas da rede de distribuição ​ou dos cabos da rede elétrica da companhia ou d​os cabos de aço de sustentação ​das estruturas. É importante observar que esta distância se refere ao engastamento (apoio estrutural que impede todos os movimentos) desses cabos no solo. “É muito importante que o trabalhador conheça bem o local onde irá operar a máquina. Dessa forma, ele vai evitar se surpreender com a rede elétrica e evitar acidentes que podem ser fatais” – alerta.

Marcos Alcides lembra também que uma colisão com uma estrutura da rede elétrica pode causar transtornos e interromper o fornecimento de energia para outros clientes da região ou até mesmo atingir linhas de transmissão que cortam o estado. ​ “Por exemplo, colheitadeiras e outras máquinas de grande porte jamais devem ficar sob os fios da rede elétrica e as barras do pulverizador devem ser abaixadas ao passar debaixo destes fios. Ao carregar ou descarregar os graneleiros, as pessoas devem prestar atenção à localização da fiação da rede elétrica e não deixar que nada se aproxime ou encoste nos fios”.

Ao contrário do que se imagina, a utilização de varas de bambu ou madeira para levantar cabos para a passagem de veículos e equipamentos também oferece riscos. “Aproximar ou tocar nos cabos pode causar sérios acidentes para as pessoas que estão próximas do local” – alerta o especialista da Cemig.

Outra recomendação é evitar transitar com o trator e outros veículos próximo dos cabos de aço que sustentam os postes, chamados de “estais”. Quando estes cabos arrebentam, o poste pode ceder, deixando os fios elétricos abaixo da altura regular. Quando o estai é removido propositalmente, ainda existe o risco de o fio tocar na parte energizada no alto do poste, provocando um choque elétrico.

Transporte
Além da operação nos campos e áreas rurais, quando for necessário transportar as máquinas sobre caminhões apropriados, deve-se observar a altura de todo o conjunto. Dessa forma, o total somado dos dois veículos não deve se aproximar da fiação elétrica que atravessa sobre vias públicas e rurais, ou das redes de telecomunicações, que são um pouco mais baixas.   

“As redes telefônicas e de dados, que são bem mais baixas que as redes elétricas, e que estão nos mesmos postes, podem oferecer perigo, pois se a máquina colidir com esses fios, pode ocorrer a quebra do poste que possivelmente irá cair sobre o caminhão e sobre as pessoas, colocando em risco aqueles que estiverem próximos do local. Caso isso ocorra, os ocupantes do caminhão deverão permanecer dentro da cabine até a chegada da Cemig ou do Corpo de Bombeiros, que orientarão sobre a forma correta de retirá-los do veículo. Somente em caso de incêndio, deve-se abandonar o veículo, saltando da cabine o mais longe possível com os pés juntos, evitando tocar no solo e no veículo ao mesmo tempo, e nunca se aproximar de fios partidos”, orienta. 

Se durante alguma manobra observar cabos ou condutores de energia rompidos, caídos ao solo, ligue imediatamente para o Fale com a Cemig – telefone 116.

Crédito da foto: Cemig/Divulgação

Fonte: Marcos Alcides Pereira de Lima

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