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LITERATURA TERAPÊUTICA

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Não! Minha intenção não é fazer terapia e, mesmo que quisesse, não poderia me atrever a fazê-la, uma vez que não sou terapeuta.

Eu não sou terapeuta, mas a LITERATURA é.

A escrita tem um poder de tocar o leitor proporcionando às suas funções cerebrais as mais diversas e, porque não, infinitas emoções.

Quem já não se pegou dialogando com um personagem com empatia, simpática, apatia, aversão…

Isso mesmo! Essa é a função da escrita – provocar inquietações, desequilíbrios, ampliar experiências, voltar a equilibrar… serenar a alma quando ela está sob estado de desabalo e aquecê-la quando em estado de marasmo.

Um livro é semente de prosa, ainda que seja conosco mesmo.

No dia 26 de abril, numa sexta-feira, no Museu Municipal de Varginha, dentro de um jardim iluminado e aconchegante, com as portas da Biblioteca Municipal escancaradas para todas as idades, aconteceu um evento inesperado.

A data prometia o lançamento de obras de três escritores, Jorge Marçal, Adilson Teixeira e Gustavo Marangão, porém o que aconteceu foi uma sessão de terapia, onde todos os presentes tiveram direito à fala, a um lugar de catarse.

Foram momentos de trocas, de lembranças, de saudosismos saudáveis.

Foram instantes, nos quais pude perceber uma sincronia perfeita com o UNIVERSO de cada um dos presentes, porque a impressão é de que éramos uma grande família com suas individualidades respeitadas.

Um livro tem todo esse poder, ainda que muitos não admitam.

Um livro é um mundo aberto, sem paredes, janelas, portas ou muros…

É um caminho manso ou desenfreado que desemboca diretamente ao pé do horizonte, sob as semicircunferências de um amplo arco-íris de cores irisadas, sem precisar do pote de ouro que tantos procuram, porque a escrita é o próprio ouro.

Um SARAU de outrora, onde a premissa é resgatar sonhos, memórias locais e afetivas; dar vida aos dias bem vividos, bem compartilhados.

Uma noite que terminou com gosto de “quero mais…” Que criou a chave mágica que abrirá as portas para novos encontros. Que seja uma estrada longa para uma terapia sem tempo determinado para terminar a sessão.

Malu Silva é contadora de histórias, escritora, vaga livre pelo mundo, pegando uma estrela aqui, um pedacinho da Lua ali… Brinca com o Sol, faz poemas para o mar… Veste as desventuras de alegria para poder viver bem os seus dias.

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4 comentários

  1. Que texto lindo! Malu soube captar o sentimento, o êxtase que sentimentos após um evento de cultura e literatura. Parabéns a todos os envolvidos. Sucesso aos escritores!

    • Denise, é um delicia, num mundo tão tecnologico, onde as pessoas andam grudadas nas telinhas, poder nos reunir para prosear. Isso é o melhor remédio que existe – o contato com os seres humanos.

  2. Uma terapia fantástica. A Literatura é como a música. Versos têm ritmo! Como 3 anos de divã uma noite literária traz reflexão, devolve a alegria e abre perspectivas para a vida! O lançamento dos 3 autores no Museu Municipal na última sexta-feira foi uma verdadeira viagem na história de uma família(Jorge Marçal Jr.- Os Dezessete e seus Cento e Sessenta e Dois), uma viagem ao encantamento e do quanto a literatura cura(Adilson Teixeira dos Reis – Prima Loucura) e uma imersão na alma com as cartas fictícias sobre os sentimentos do mundo (Gustavo Maragão – Cartas de Ninguém). Literatura: eu recomendo!

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